A maison de luxo italiana, em pleno renascimento, se liberta de parte de seu sobrenome.
Ferragamo, sem Salvatore
Apresentado em letras maiúsculas sobre fundo laranja, o anúncio ganhou visibilidade junto à comunidade da marca, principalmente na sua conta oficial do Instagram, que conta com cerca de 6,6 milhões de seguidores.
Além da retirada do primeiro nome, a marca também formalizou a introdução de uma nova tipografia, que no entanto se dotou no ano passado de uma assinatura “SF” inspirada no emblemático estilo manuscrito do antigo logotipo.
Tais mudanças dividiram opiniões entre os internautas: enquanto alguns qualificam esta evolução como “lógica”, outros deploram uma “rejeição da herança da marca”, enquanto apontam para um certo minimalismo estético dos logotipos das marcas de luxo e comparam essa estratégia com a adotada por Saint Laurent cerca de dez anos atrás.
Ferragamo: uma mudança simbólica para uma nova era
Polêmica ou não, essa mudança criativa pretende refletir o dinamismo da maison que vem passando por uma reforma há vários meses, impulsionada desde o início do ano pela chegada de seu novo CEO na pessoa de Marco Gobbetti – recrutado após cinco anos à frente da Burberry – e seu novo Diretor Criativo, Maximilian Davis.
Após um ano de 2021 sob o signo da recuperação, a marca florentina intensificou ainda mais os seus esforços nesta temporada, superando as suas previsões no final do primeiro semestre de 2022 com um lucro líquido superior a 85%.
“Fizemos um excelente progresso em nossas prioridades estratégicas e vamos acelerar nossos investimentos no segundo semestre do ano conforme planejado, a fim de fortalecer plataformas e regiões para apoiar nosso programa de crescimento, tendo em mente o contexto da atual situação mais volátil e condições macroeconômicas difíceis“, explicou Marco Gobbetti no anúncio desses resultados.
