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Iguatemi lucrou R?344,1 milhões em 2021

Iguatemi lucra R? 344,1 milhões em 2021, supera resultado pré-pandemia e avança na transformação digital com integração omnichannel


Receita Líquida atingiu R? 867,4 milhões em 2021, aumento de 15% em relação ao resultado de 2019; no 4T21, a receita somou R?315,5 milhões, 71,1% acima do 4T20 e 49,4% do 4T19.

A Iguatemi S.A. [B3: IGTI 11], uma das maiores companhias full service no setor, lucrou R? 344,1 milhões em 2021, superando o desempenho pré-pandemia, com crescimento de 9,5% em relação a 2019. Com participação em 14 shopping centers, dois premium outlets e três torres comerciais, além do e-commerce Iguatemi 365, a receita líquida da companhia atingiu R? 867,4 milhões no período, aumento de 15% quando comparado com o resultado de 2019. Considerando apenas o 4T21, a receita somou R? 315,5 milhões, 71,1% acima do 4T20 e 49,4% do 4T19.

“O excelente desempenho proveniente dos shoppings contribuiu consideravelmente com o resultado apresentado. Atingindo 100% da capacidade de utilização média do portfólio, dos 16 empreendimentos administrados pela rede, 14 superaram os patamares de vendas de 2019. Nossas vendas continuaram performando muito bem, fazendo com que atingíssemos o recorde de vendas trimestral da nossa história”, afirma Guido Oliveira, CFO da Iguatemi.

Com a forte retomada das vendas, houve um incremento na procura pelos espaços disponíveis. No 4T21, foram firmados 66 novos contratos. Como resultado, dezembro foi o 6º mês consecutivo de fechamento de área vaga em 2021, alcançando uma taxa de ocupação média de 92% no 4T21. Considerando apenas o fim de dezembro, a taxa de ocupação foi ligeiramente melhor, de 92,2 %. Entre janeiro e fevereiro de 2022, a companhia registrou fechamento de área vaga de 0,5p.p., chegando a uma taxa de ocupação de 92,7%.

Os aluguéis “mesmas lojas” cresceram 27,8%, e os aluguéis “mesmas áreas” cresceram 16,9% no 4T21, comparado com o desempenho obtido em 4T19. Reflexo dessa retomada, a companhia registrou 1,4% de inadimplência líquida dos aluguéis, valor próximo ao patamar pré-pandemia. Houve também uma melhora expressiva na performance de todas as categorias, inclusive, em restaurantes e marcas de moda nacional. Os segmentos de Moda, Calçados, Artigos de Couro, que representa 32% da Área Bruta Locável (ABL), avançaram 26,8% em vendas mesmas lojas, comparando com 2019. Artigos Diversos, Saúde & Beleza, Joalherias também performaram bem, crescendo 14,1% no 4T21 contra 4T19.

As vendas totais atingiram R? 12,7 bilhões em 2021, 10,6% abaixo de 2019, e R? 4,8 bilhões no 4T21, crescimento de 30,6% em relação a 4T20 e 11,8% acima do 4T19. As vendas “mesmas lojas” cresceram 15,0%, e as vendas “mesmas áreas” cresceram 11,8% no trimestre, ante resultado registado no 4T19. A tendência de forte recuperação continuou no início de 2022, mesmo com o surgimento de novas variantes da Covid-19. Exemplo disso, os meses de janeiro e fevereiro apresentaram 6% e 15% de aumento em vendas, respectivamente, ambos em comparação ao mesmo período de 2019.

No ano, a Receita Bruta atingiu R? 1 bilhão, crescimento de 16,4% contra 2019 e R? 323,2 milhões no 4T21, 41,7% acima do 4T20 (+ de 34,1% sobre o 4T19), enquanto o EBITDA teve um aumento de 14,8% no último trimestre, chegando a R? 185,9 milhões (21,5% versus 4T19, excluindo efeito da venda do Iguatemi Florianópolis), com margem EBITDA de 59,0%. Excluindo o efeito da linearização, o EBITDA atingiu R? 486 milhões em 2021, uma queda de 15,5% versus 2019 (excluindo o efeito da venda o Iguatemi Caxias e Florianópolis) e fechou em R? 167 milhões no 4T21, um aumento de 12,8% versus 4T20 (+8,8% versus 4T19 excluindo efeito da venda do Iguatemi Florianópolis).

O fluxo de caixa proveniente das operações (FFO), por sua vez, chegou a R? 99,5 milhões em 2021, 15,3% abaixo de 2019 e R? 122,7milhões no 4T21, 2,1% acima do 4T20 (-15,5% versus 4T19). Excluindo o efeito da Infracommerce e o resultado obtido da operação de SWAP, o FFO foi de R? 106,1 milhões no 4T21.

A dívida total da Iguatemi encerrou o trimestre com um total de R? 3,25 bilhões, 1,2% abaixo do 3T21. A Disponibilidade de Caixa encontrava-se em R? 1,8 bilhões, aumento de 1,6% em comparação ao 3T21, levando a uma Dívida Líquida de R? 1,41 bilhão e um múltiplo Dívida Líquida/EBITDA de 2,57x, uma queda de 0,25 versus o 3T21.

Transformação Digital

A transformação digital da Iguatemi segue avançando. O Iguatemi 365, e-commerce da rede que une a experiência do ambiente físico e digital com a melhor curadoria de marcas nacionais e internacionais do Brasil, ampliou a sua capacidade logística e, atualmente, já atende todos os estado brasileiros, cobrindo 91% do PIB do país. Como resultado, o GMV de cidades sem presença de shoppings centers Iguatemi passou a representar 47% do total de GMV do site (versus 30% em 2020).

A gama de marcas e produtos do Iguatemi 365 também aumentou ao longo de 2021. No período, 185 marcas ingressaram na plataforma, entre elas, nomes relevantes como Golden Goose, Burberry e Michael Kors. Até o final de dezembro, 407 marcas estavam acessíveis para os clientes. “No 4T21, para reforçar nossa estratégia omnichannel, abrimos a pop store do Iguatemi 365 com mais de 400 m2 no Shopping Iguatemi São Paulo, mais um ponto de contato com o nosso cliente e uma oportunidade para conhecerem a nossa curadoria de perto. Com isso, somando os movimentos de expansão e aumento das eficiências da operação, fechamos 2021, versus 2020, com um crescimento de 117% em tráfego e de 82% em número de clientes com compras, além de uma redução de 17% no custo por sessão”, destaca Oliveira.

Considerando apenas o Iguatemi 365 e a operação da i-Retail, a companhia apresentou uma Receita Bruta de R? 48,8 milhões no 4T21, um crescimento de 114,1% versus o 4T20 e 253% de crescimento sobre o mesmo período de 2019. No ano, a Receita Bruta somou R? 112 milhões, crescimento de 154,7% versus 2020 (+208,8% sobre 2019). A Receita Líquida chegou a R? 33,6 milhões no 4T21, representando um crescimento de 115,2% sobre o 4T20 (+247,0% versus o 4T19), e R? 76,8 milhões no ano, representando um crescimento de 150% sobre 2020 (+203,4% sobre 2019). Por fim, o EBITDA foi de R? 8,7 milhões negativos no trimestre, 37,5% abaixo do 4T20 e 88,5% abaixo do 4T19, e R? 33,7 milhões no ano de 2021.

Já o Iguatemi One, programa de relacionamento do grupo, teve uma evolução importante durante o último trimestre. O número de clientes aumentou em mais de três vezes, e o número de parceiros dobrou, trazendo inovações de descontos e experiências dentro e fora do ambiente dos shoppings do grupo.

Como evento subsequente, mais recentemente, em março deste ano, a Iguatemi anunciou a aquisição de 23,08% da Etiqueta Única, maior e-commerce do Brasil que intermedia a venda e artigos second hand de luxo no país. A transação foi avaliada em R? 27 milhões e garante à Iguatemi uma opção de compra para se tornar controlador da operação nos próximos três anos. Além de estar alinhado aos objetivos de negócio da Iguatemi e tratar-se de um player em plena ascensão, a Etiqueta Única sempre apresentou lucro desde a sua inauguração em 2013 e com esse novo investimento pretende triplicar o GMV nos próximos anos. O movimento reforça a importância da inovação e do consumo consciente no mercado da moda, já que, atualmente, a Etiqueta Única é a maior plataforma online de luxo especializada em economia colaborativa e circular da América Latina, com crescimento médio de 40% ao ano.

A Iguatemi reforça a sua visão otimista e está preparada para o novo crescimento nesta fase de recuperação da economia, com um portfólio robusto e de alta qualidade. “Continuaremos investindo na atualização do mix dos nossos shoppings e em nossa estratégia phygital, oferecendo uma plataforma 24/7 para os clientes Iguatemi, melhorando a sua jornada e experiência com a marca Iguatemi, no físico ou no online, em qualquer lugar do Brasil”, finaliza o CFO. 

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