Recente pesquisa realizada pela BCG e Altagamma, entre dezembro de 2018 e janeiro de 2019, com 12 mil consumidores chineses, europeus, norte-americanos, coreanos e brasileiros de produtos de luxo, com gasto médio anual de 39 mil euros anuais, mostra o crescimento na preferência do público por marcas italianas.
As grifes de luxo “made in Italy” para consumo pessoal (que excluem carros, barcos e móveis) são preferidas por 29% dos entrevistados, um crescimento de 11% em relação a 2014. As marcas francesas são preferidas por 21% dos consumidores de alta renda, com crescimento de 3% quando comparado a 2014. Já 12% dos clientes preferem os produtos premium americanos e 9% os suíços.
Roupas, bolsas, jóias, sapatos asseguram a lideranças da Itália. Já no quesito perfumes e cosméticos, a liderança é da França. A diferença entre italianos e franceses é maior quando se fala em chineses e millenials.
Marcas como Dior, Givenchy e Saint Laurent perdem relevância quando se pensa em Chanel (embora nascida francesa é hoje inglesa) e Louis Vuitton.
O sucesso da Itália pode ser explicado pela forte e estratégica presença de marcas como Gucci, Dolce&Gabanna, Prada e Versace nas redes sociais e também pela parceria entre Fendi e Fila, Gucci e Dapper Dan, rejuvenescendo as marcas e falando com as novas gerações.
Outro dado importante da pesquisa é que o fenômeno da colaboração -quando marcas e artistas se juntam para criar produtos ou coleções- mostrou-se a maior tendência das marcas premium, com grande aceitação entre chineses e o público mais jovem., a geração Z.
As parcerias mais bem sucedidas, segundo os entrevistados, se dão na venda de bolsas e sneakers. Os produtos da Louis Vuitton com a Supreme, e da Chanel com Pharrell são cases de maior sucesso.