Richemont sob o signo da recuperação
Enquanto em 2021 a empresa apresentou queda no faturamento de 8% em relação a 2020, a Richemont revelou resultados sólidos no exercício de 2022 estabelecido de março a março. O balanço do grupo apresentou vendas de 19,18 bilhões de euros, um aumento no faturamento de 46% a taxas de câmbio reais em relação a 2021 e 35% em relação a 2020. A Richemont se beneficiou de uma margem operacional de 17,7% e o lucro anual aumentou e atingiu pouco mais de dois bilhões de euros, representando um crescimento de 61% e 123%, respectivamente, em relação a 2021 e 2020. Tal desempenho que deve aumentar a confiança dos investidores, um mês após a Richemont ter sido recompensada por sua posição de RSC e governança.
Esses resultados foram impulsionados pelo mercado norte-americano, com alta de 79%, que passou a representar 22% das atividades do grupo. A Richemont também aproveitou a exposição de Dubai para aumentar suas vendas, e como resultado, o Oriente Médio e a África aumentaram seu faturamento em 55%. Apesar da falta de turistas, o crescimento na Europa foi quase semelhante, exibindo acréscimo de 51%. Já a situação na Ásia-Pacífico não chegou tão longe, com crescimento de 32%, penalizada pelo contexto de saúde na China. As vendas nessa região, a mais importante para a Richemont, representaram 41% do faturamento total do grupo.
Buccellati, Cartier e Van Cleef & Arpel impulsionaram as vendas
Com um faturamento de mais de 11 bilhões de euros, o setor de jóias da Richemont foi impulsionado pelas três principais marcas da empresa, Buccellati, Cartier e Van Cleef & Arpels. Quanto à relojoaria – IWC Schaffhausen, Jaeger-LeCoultre, Vacheron Constantin, entre outras –, as vendas aumentaram 53% (cerca de 3,4 bilhões de euros). Os varejistas online do grupo – Net-A-Porter, Mr Porter, The Outnet e Yoox – aumentaram a receita em 27%, enquanto o crescimento nos outros negócios da empresa – moda, acessórios, imóveis e componentes de relógios – subiu 53%.
