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Homens não se veem nos modelos de masculinidade

Homens não se reconhecem nos modelos de masculinidade

A italiana Zegna, há mais de 100 anos no mercado de moda luxo para homens, solicitou uma pesquisa conduzida pela Kantar para definir e estudar como está a masculinidade moderna ao redor do mundo. O estudo, com mais de 3 mil homens e 750 mulheres, entre 20 e 50 anos, nas cidades de Londres, Nova Iorque, Los Angeles, Xangai e Pequim, revela que 75% dos entrevistados perceberam mudanças nas expectativas relacionadas à masculinidade na última década.  Dentre os homens  entrevistados, 65% não se veem representados na masculinidade hoje.

A pesquisa coloca em foco os estereótipos que homens enfrentam diante de normas e expectativas. 70% dos participantes do sexo masculino têm consciência de que estão interpretando papéis de masculinidade em seus ambientes cotidianos: no trabalho, entre amigos, em casa. Na China, 89% dos homens pesquisados disseram que enfatizam a masculinidade deles no trabalho, assim como 60% dos participantes do Reino Unido e 68% dos Estados Unidos.

Insatisfeitos com ideais tradicionais, a Kantar também revelou que 71% dos homens acreditam que devem ter mais diálogos sobre os problemas que podem surgir da masculinidade tóxica atual. 60% veem a virtude de adotar qualidades que eles veem como tradicionalmente femininas, como a sensibilidade, enquanto a maioria ainda admite ter problemas em compartilhar emoções com amigos.

A pesquisa norteou a criação da campanha   “O que significa ser homem hoje?”,  lançada no Dia Internacional do Homem, 19 de novembro.   Ela busca incentivar a autorreflexão e expressão genuína entre homens. A abordagem é para que existam aberturas e conversas em um esforço para transformar como homens se veem, como interagem na sociedade e como participam da sociedade como um todo.

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