Gastronomia

Vodca, vermute e não alcoólicos

Apesar dos impactos da pandemia, bebidas se destacam com lançamentos recentes e ao proporcionar novas experiências de consumo

Os setores de bares, restaurantes e coquetelaria nos últimos dois anos, têm passado por algumas transformações relacionadas aos hábitos de consumo, formatos de negócios, foco das empresas e a divulgação de produtos. Mesmo neste cenário de mudanças, em que os lançamentos não tiveram a mesma frequência, a embaixadora do BCB São Paulo, Carolina Oda, aponta três tipos de bebidas que têm se destacado no mercado recentemente: a vodca, o vermute e os não alcoólicos.

“Assim como aconteceu em 2020, a rotina dos profissionais segue diferente. Por exemplo, não tivemos muitos dos tradicionais eventos e feiras com a participação das grandes marcas, que possibilitavam conhecer as novidades e tendências dos próximos meses, por conta das restrições da pandemia. Eles estão voltando aos poucos”, revela Carolina.

Para a especialista, um movimento similar ao do Gin – que foi conquistando o público com suas diferentes versões, composições e ao servir de bases para coquetéis variados – é o da vodca. Devido à versatilidade, a bebida tem ganhado novas interpretações, principalmente com o lançamento de opções baseadas em processos de infusão com frutas e botânicos.

“Na Equipotel, maior evento de hospitalidade do país, que aconteceu em novembro, tivemos um espaço voltado para os bares e restaurantes, o BCB Xperience, e uma das marcas participantes apresentou uma vodca infusionada com botânicos e baixo teor alcóolico que deve atrair novos consumidores”, conta.

Outro clássico que chama atenção é o vermute, utilizado no preparo de drinks consagrados como o Negroni e o Manhattan. O motivo, aponta a embaixadora, “é que há um maior interesse na produção nacional da bebida, perceptível devido à demanda nas vinícolas brasileiras”. O produto, feito à base de vinho branco ou tinto, que antes era importado de países como a Itália, Espanha e outros com tradição em vinicultura, chama a atenção de pessoas de diversos perfis, em diversas ocasiões de consumo, seja puro com gelo ou em receitas conhecidas e nas autorais.

Segundo a especialista, vale destacar também a coquetelaria e o investimento na produção industrial de bebidas não alcoólicas. “Não se trata, necessariamente, de uma tendência como categoria, já que sempre existiu, mas, como as opções passaram a ser observadas e consideradas pelo mercado, que tem ampliado a disposição e os tipos de produtos em diversos locais”.  

Se até pouco tempo atrás, os consumidores de bebidas com 0% de teor alcoólico, abstêmios constantes ou esporádicos, tinham como alternativas apenas sucos, refrigerantes, águas saborizadas, chás, uma série de bebidas e receitas passou a ser desenvolvida para esse público e a ocupar espaço nos cardápios e nas prateleiras dos estabelecimentos, dos supermercados, proporcionando diferentes experiências de coquetelaria também para quem quer fugir das receitas com álcool.

“Temos, hoje, não apenas uma nova geração de consumidores menos aficionados ao consumo e efeitos do álcool, como também pessoas que interessadas em ter opções tão saborosas e bem apresentadas, que explorem outros gostos além do doce, quando não querem consumir bebidas alcoólicas por diversas razões”, revela Carolina.

De acordo com a embaixadora, estas são algumas das opções que têm se destacado no mercado e chamado a atenção de quem atua tanto atrás dos balcões quanto do consumidor final.

O BCB São Paulo, como um dos principais pontos de conexão entre o setor e profissionais da coquetelaria, mixologia, bares e restaurantes, seguirá acompanhando os movimentos, os lançamentos, as curiosidades e os principais destaques do universo etílico, na plataforma on-line e no evento presencial, que ganhará nova edição nos dias 21 e 22 de junho de 2022, no Expo Barra Funda, em São Paulo.

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