Faça um teste: ao procurar por uma grife de luxo no Google, além do site oficial, quantos outros portais e sites que vendem produtos usados da marca você encontra? Recente estudo do BCG -Boston Consulting Group- com grandes compradores de produtos de alto valor agregado mostrou que os novos clientes, principalmente a geração Z, não vê problema em assumir que vende o que não usa mais e compra também produtos que já passaram por outros donos.
O mesmo relatório aponta uma perspectiva de crescimento de 3% entre 2018 e 2019 no mercado de bens pessoais de luxo e, no mesmo período, um aumento de 12% no volume de negócios do chamado 2nd hand Market (mercado de segunda mão, em tradução livre).
As razões são diversas: sustentabilidade, profissionalização dos canais de vendas de produtos usados, acesso a produtos vintage, vergonha de usar produtos falsificados e, na maioria das vezes, o preço menor.
Para 60% dos entrevistados não há problema em comprar produtos usados. Dentre aqueles que não pretendem comprar esse tipo de bem, 34% não confiam nas plataformas de comércio e 13% têm medo de comprar produtos em más condições.
A plataforma online é a preferida para este tipo de transação. As bolsas e demais bens de couro lideram a preferência de compradores. Em seguida vêm roupas, relógios e demais acessórios. Apenas no mercado japonês e chinês roupas não ocupam a vice liderança. Os brasileiros lideram o ranking na compra das it bags.
As marcas mais comercializadas no segmento não são aquelas que são mais procuradas pelos consumidores nem as que lideram as primeiras vendas. Alexander McQueen, Givenchy e Balenciaga têm o melhor índice de vendas.
Um detalhe curioso é que a maior parte dos vendedores são chineses, mas não são os maiores compradores. E a venda dos produtos serve para financiar a compra de novos.