Moët Hennessy investe na French Bloom e aposta em espumantes sem álcool
Em meio ao crescente interesse por bebidas sem ou com baixo teor alcoólico, conhecidas como “no-low drinks”, a Moët Hennessy, divisão de vinhos e destilados do grupo LVMH, acaba de anunciar sua entrada no mercado de espumantes sem álcool. O grupo adquiriu uma participação minoritária na marca francesa French Bloom, reconhecida por sua linha de espumantes orgânicos.
French Bloom: o sucesso dos espumantes sem álcool
Fundada em 2019 e lançada oficialmente no varejo em 2021, a French Bloom é especializada na produção de espumantes orgânicos desalcoolizados. Utilizando uvas Chardonnay e Pinot Noir, os rótulos da marca — Le Blanc, Le Rosé e La Cuvée Vintage Blanc de Blancs — seguem um rigoroso protocolo de desalcoolização, mantendo o prestígio e a qualidade dos vinhos. Com um posicionamento premium, a marca já está presente em cerca de 30 países e foi premiada nos World’s Best Sparkling Wine Awards de 2022 e 2023 como o “Melhor Espumante Sem Álcool do Mundo”.
Esse crescimento acelerado chamou a atenção da Moët Hennessy, que agora detém 30% da French Bloom. A marca foi cofundada pela modelo Constance Jablonski e Maggie Frerejean-Taittinger, ex-diretora de desenvolvimento internacional do Guia Michelin, em colaboração com seu marido, Rodolphe Frerejean-Taittinger.
Expansão no mercado de bebidas sem álcool
O CEO da Moët Hennessy, Philippe Schaus, ressaltou a importância da aquisição. “Essa colaboração faz parte de nossas principais iniciativas estratégicas e demonstra nosso compromisso em oferecer alternativas excepcionais sem álcool aos consumidores”, afirmou. A Moët Hennessy, que inclui marcas renomadas como Dom Pérignon e Moët & Chandon, espera que a experiência e inovação da French Bloom ajudem a moldar o futuro das bebidas sem álcool.
O investimento acontece em um contexto de crescimento acelerado para o mercado de bebidas não alcoólicas. Em 2022, o setor movimentou cerca de 11 bilhões de dólares, e a expectativa é de uma taxa de crescimento anual de 7% até 2026. Essa tendência é impulsionada principalmente por preocupações com saúde e questões culturais e religiosas, com as bebidas 0% álcool representando mais de 90% das vendas.
