Moda

Chanel planeja abrir boutiques privadas para seus clientes premium

Com a força dos resultados recordes no final do exercício de 2021, a grife planeja fortalecer sua estratégia de exclusividade criando pontos de venda especificamente dedicados à sua clientela VIP.

Boutiques privadas da Chanel servindo uma experiência de ultra luxo

No ano passado, a Chanel registrou um acréscimo de vendas de 49,6% em relação a 2020 e 22,9% em relação a 2019, somando um faturamento total de 15,6 bilhões de dólares. Embora a marca tenha tido de aumentar os preços de alguns dos seus produtos para apoiar a sua política de harmonização de preços e ao mesmo tempo compensar o aumento do custo das matérias-primas, estas medidas não parecem ter diminuído o apetite dos clientes.

Muito pelo contrário: mesmo que a diminuição dos fluxos turísticos durante o período do covid-19 tenha dispersado as compras em lojas físicas para a web, algumas boutiques estão observando um alto fluxo de pessoas a sua volta. Uma situação que agora leva a Chanel, nos países mais sujeitos à demanda do varejo, a considerar limitar o número de compras por pessoa em seus best-sellers, de acordo com informações compartilhadas pela agência Reuters.

Apesar da crescente digitalização dos meios de compra, a Chanel continua a privilegiar as lojas físicas, limitando o e-commerce apenas para seus produtos básicos. “A nossa maior preocupação é proteger os nossos clientes e em particular os nossos clientes pré-existentes”, afirmou Philippe Blondiaux, diretor financeiro da Chanel, em entrevista concedida à Business of Fashion. Segundo esta mesma fonte, a grife deverá investir em lojas privadas dedicadas à sua clientela premium, de modo que possa servir a mesma “de forma exclusiva”.

Essa iniciativa deve começar no próximo ano com as primeiras inaugurações na Ásia, onde a Chanel também fortaleceu sua rede de boutiques especializadas nos segmentos de Perfumaria & Cosméticos nos últimos meses. Um território estratégico, visto que em 2021 a região Ásia-Pacífico representou 51,5% do faturamento da marca, com vendas aumentadas em 53,5% em relação a 2020, representando mais de 8 bilhões de dólares.

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